O Ministério da Saúde alerta para o aumento do
diagnóstico de hepatite C entre os idosos. No estado de São Paulo, esse é o
tipo mais comum da doença, que pode demorar décadas para se manifestar.
De acordo com um levantamento feito pelo
ministério, em 1999, foram registrados 7 casos de hepatite C para cada 100 mil
habitantes em pessoas acima de 60 anos. Já em 2010, foram 1.644 casos.
Na maioria dos casos, a pessoa contaminada
pelo vírus só descobre quando a doença já estava em um estágio mais avançado, o
que dificulta o tratamento. “As pessoas contraíram a doença há 20, 30 anos
quando não havia todo esse cuidado com relação à higiene, em salões de beleza,
uso de seringas, e agora a doença aparece.
Normalmente ela complica com cirrose hepática ou
como câncer de fígado”, disse o médico da Universidade Estadual Paulista
(Unesp) Rodolpho Telarolli.
O diagnóstico da doença é simples, basta um
exame de sangue, mas os sintomas não são específicos no começo. Por isso, muita
gente não fica sabendo que tem a doença quando ela está em um estágio mais
avançado.
O aposentado Eduardo Crespo, de São José
do Rio Pardo (SP), disse que foi contaminado com a doença há 23
anos durante uma seção de hemodiálise. Ele ainda tem insuficiência renal, mas
como o diagnóstico da hepatite foi rápido, ele conseguiu evitar maiores
problemas através do tratamento.“Trata-se de um tratamento rigoroso, pois o
vírus fica encubado durante 20, 25 anos e temos de tomar remédio para
combatê-lo”, explicou.
Atualmente as transfusões de sangue e
hemodiálises são seguras no estado. Uma das recomendações dos especialistas é
em relação aos tratamentos estéticos. O cliente deve pedir uso de equipamentos
descartáveis ou a esterilização dos equipamentos com o uso de autoclave, que é
um equipamento de segurança hospitalar.
Quando a doença avança, os sintomas se tornam
mais evidentes: urina escura, rosto amarelado, sensação de peso na barriga,
porque o fígado começa a deixar de funcionar.
O exame para diagnosticar a hepatite C está disponível no Sistema Único de Saúde.
O exame para diagnosticar a hepatite C está disponível no Sistema Único de Saúde.
Hepatite
De acordo com a enfermeira do ambulatório de hepatites
virais de São Carlos Daniela Maria Falcão, hepatite é toda inflamação no
fígado. "Há vários tipos de hepatite além das virais, como a hepatite
alcoólica, autoimune, medicamentosa, entre outras. As causas são variadas. As
virais, por exemplo, atacam o fígado”, explicou .
Com relação as hepatites virais há uma diferença
de um vírus para o outro, mas a forma e evolução dessas doenças são diferentes.
A maioria das pessoas que têm hepatite viral crônica não desenvolvem sintomas
e, quando eles surgem, já é causa da evolução da doença.
O tratamento da hepatite C segue um protocolo do
Ministério da Saúde e a pessoa deve ser encaminhada para as condutas adequadas
e tratamento. A hepatite A, o tratamento pode ser feito em unidades básicas,
pois ela não se torna crônica e o tratamento é em relação aos sintomas. A
hepatite B tem um tratamento mais fácil, mas existe também a vacinação.
Fonte: http://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia
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