DECRETO No 3.327, DE 5 DE JANEIRO DE
2000. Aprova o Regulamento da Agência Nacional de Saúde
Suplementar - ANS, e dá outras providências
O PRESIDENTE
DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, da Constituição, e tendo em vista o disposto na
Medida Provisória no 2.012-2, de 30 de dezembro de 1999,
DECRETA:
Art. 1o Ficam aprovados, na forma dos Anexos
I e II a este Decreto, o Regulamento da Agência Nacional de Saúde Suplementar -
ANS e o correspondente Quadro Demonstrativo dos Cargos de Natureza Especial, em
Comissão e Comissionados.
Art. 2o Este Decreto entra em vigor na data
de sua publicação.
Brasília, 5 de janeiro de 2000; 179o da Independência e
112o da República.
FERNANDO HENRIQUE
CARDOSO
José Serra
Martus Tavares
José Serra
Martus Tavares
ANEXO I
REGULAMENTO DA AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR
CAPÍTULO I
DA NATUREZA E FINALIDADE
Art. 1o A
Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS, é uma autarquia sob regime
especial, criada pelo art. 1o da Medida Provisória no 2.012-2, de 30 de
dezembro de 1999, com personalidade jurídica de direito público,
vinculada ao Ministério da Saúde.
§ 1o A
natureza de autarquia especial conferida à ANS é caracterizada por autonomia
administrativa, financeira, técnica, patrimonial e de gestão de recursos
humanos, com mandato fixo de seus dirigentes.
§ 2o A
ANS atuará como entidade administrativa independente, sendo-lhe assegurado, nos
termos da Medida Provisória no 2.012-2, de 1999, as
prerrogativas necessárias ao exercício adequado de suas atribuições.
§ 3o A
ANS tem sede e foro na cidade de Brasília - DF, podendo manter unidade
administrativa em outras localidades, com prazo de duração indeterminado e
atuação em todo território nacional.
§ 4o A
ANS é o órgão de regulação, normatização, controle e fiscalização de atividades
que garantam a assistência suplementar à saúde.
Art. 2o A
ANS terá por finalidade institucional promover a defesa do interesse público na
assistência suplementar à saúde, regulando as operadoras setoriais, inclusive
quanto à suas relações com prestadores e consumidores, contribuindo para o
desenvolvimento das ações de saúde no País.
CAPÍTULO II
DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
Seção I
Das Competências
Art. 3o Compete
à ANS:
I - propor
normas relativas às matérias tratadas no inciso IV do art. 35-A da Lei no 9.656,
de 3 de junho de 1998, bem como, políticas e diretrizes gerais ao Conselho
Nacional de Saúde Suplementar - CONSU para a regulação do setor de
saúde suplementar;
II - estabelecer
as características gerais dos instrumentos contratuais utilizados na atividade
das operadoras;
III - elaborar
o rol de procedimentos e eventos em saúde, que constituirão referência básica
para os fins do disposto na Lei no 9.656, de 1998, e
suas excepcionalidades;
IV - fixar
critérios para os procedimentos de credenciamento e descredenciamento de
prestadores de serviço às operadoras;
V - estabelecer
parâmetros e indicadores de qualidade e de cobertura em assistência à saúde
para os serviços próprios e de terceiros oferecidos pelas operadoras;
VI - estabelecer
normas para ressarcimento ao Sistema Único de Saúde;
VII - estabelecer
normas relativas à adoção e utilização, pelas operadoras de planos de
assistência à saúde, de mecanismos de regulação do uso dos serviços de saúde;
VIII - deliberar
sobre a criação de câmaras técnicas, de caráter consultivo, de forma a
subsidiar suas decisões;
IX - normatizar
os conceitos de doença e lesão preexistentes;
X - definir,
para fins de aplicação da Lei no 9.656, de 1998, a
segmentação das operadoras e administradoras de planos privados de assistência
à saúde, observando as suas peculiaridades;
XI - estabelecer
critérios, responsabilidades, obrigações e normas de procedimento para garantia
dos direitos assegurados nos arts. 30 e 31 da Lei no 9.656,
de 1998;
XII - estabelecer
normas para registro dos produtos definidos no inciso I e § 1o do
art. 1o da Lei no 9.656, de 1998;
XIII - decidir
sobre o estabelecimento de sub-segmentações aos tipos de planos definidos nos
incisos I a IV do art. 12 da Lei no 9.656, de 1998;
XIV - estabelecer
critérios gerais para o exercício de cargos diretivos das operadoras de planos
privados de assistência à saúde;
XV - estabelecer
critérios de aferição e controle da qualidade dos serviços oferecidos pelas
operadoras de planos privados de assistência à saúde, sejam eles próprios,
referenciados, contratados ou conveniados;
XVI - estabelecer
normas, rotinas e procedimentos para concessão, manutenção e cancelamento de
registro dos produtos das operadoras de planos privados de assistência à saúde;
XVII - autorizar
reajustes e revisões das contraprestações pecuniárias dos planos privados de
assistência à saúde, de acordo com parâmetros e diretrizes gerais fixados
conjuntamente pelos Ministérios da Fazenda e da Saúde;
XVIII - expedir
normas e padrões para o envio de informações de natureza econômico-financeira
pelas operadoras, com vistas à homologação de reajustes e revisões;
XIX - regulamentar
outras questões relativas à saúde suplementar;
XX - proceder
à integração de informações com os bancos de dados do Sistema Único de Saúde;
XXI - autorizar
o registro dos planos privados de assistência à saúde;
XXII - monitorar
a evolução dos preços de planos de assistência à saúde, seus prestadores de
serviços, e respectivos componentes e insumos;
XXIII - autorizar
o registro e o funcionamento das operadoras de planos privados de assistência à
saúde, bem assim, ouvidos previamente os órgãos do sistema de defesa da
concorrência, sua cisão, fusão, incorporação, alteração ou transferência do
controle societário;
XXIV - fiscalizar
as atividades das operadoras de planos privados de assistência à saúde e zelar
pelo cumprimento das normas atinentes ao seu funcionamento;
XXV - exercer
o controle e a avaliação dos aspectos concernentes à garantia de acesso,
manutenção e qualidade dos serviços prestados, direta ou indiretamente, pelas
operadoras de planos privados de assistência à saúde;
XXVI - avaliar
a capacidade técnico-operacional das operadoras de planos privados de
assistência à saúde para garantir a compatibilidade da cobertura oferecida com
os recursos disponíveis na área geográfica de abrangência;
XXVII - fiscalizar
a atuação das operadoras e prestadores de serviços de saúde com relação à
abrangência das coberturas de patologias e procedimentos;
XXVIII - fiscalizar
aspectos concernentes às coberturas e aos aspectos sanitários e
epidemiológicos, relativos à prestação de serviços médicos e hospitalares no
âmbito da saúde suplementar;
XXIX - avaliar
os mecanismos de regulação utilizados pelas operadoras de planos privados de
assistência à saúde;
XXX - fiscalizar
o cumprimento das disposições da Lei no 9.656, de 1998,
e de sua regulamentação;
XXXI - aplicar
as penalidades pelo descumprimento da Lei no 9.656, de
1998, e de sua regulamentação;
XXXII - requisitar
o fornecimento de quaisquer informações das operadoras de planos privados de
assistência à saúde, bem como da rede prestadora de serviços a elas
credenciadas, conforme dispuser resolução da Diretoria Colegiada;
XXXIII - adotar
as medidas necessárias para estimular a competição no setor de planos privados
de assistência à saúde;
XXXIV -
instituir o regime de direção fiscal ou técnica nas operadoras;
XXXV - proceder
à liquidação das operadoras que tiverem cassada a autorização de funcionamento;
XXXVI - promover
a alienação da carteira de planos privados de assistência à saúde das
operadoras;
XXXVII - articular-se
com os órgãos de defesa do consumidor visando a eficácia da proteção e defesa do
consumidor de serviços privados de assistência à saúde, observado o disposto na
Lei no 8.078, de 11 de setembro de 1990;
XXXVIII - zelar
pela qualidade dos serviços de assistência à saúde no âmbito da assistência à
saúde suplementar; e
XXXIX - administrar
e arrecadar as taxas instituídas pela Medida Provisória no 2.012-2,
de 1999.
§ 1o A
recusa, a omissão, a falsidade, ou o retardamento injustificado de informações
ou documentos solicitados pela ANS constitui infração punível com multa diária
de cinco mil UFIR, podendo ser aumentada em até vinte vezes se necessário, para
garantir a sua eficácia em razão da situação econômica da operadora ou
prestadora de serviços.
§ 2o As
normas previstas neste artigo obedecerão às características específicas da
operadora, especialmente no que concerne à natureza jurídica de seus atos
constitutivos.
§ 3o Submetem-se
à atuação da ANS as operadoras de plano de assistência à saúde definidas no
inciso II do art. 1o da Lei no 9.656,
de 1998, bem como as pessoas jurídicas, no que couber, que operem os produtos
referidos no inciso I e no §1o do art. 1o da
mesma Lei.
§ 4o A
ANS, ao tomar conhecimento de fato que configure ou possa configurar infração à
ordem econômica, deverá comunicá-la ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica
- CADE, à Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça e à
Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, conforme o
caso.
Seção II
Da Estrutura Básica
Art. 4o A
ANS terá a seguinte estrutura básica:
I - Diretoria
Colegiada;
II - Câmara de
Saúde Suplementar;
III - Procuradoria;
IV - Ouvidoria;
e
V - Corregedoria.
Parágrafo único. O
regimento interno disporá sobre a estruturação, atribuições e vinculação da
Procuradoria, Ouvidoria, Corregedoria e das demais unidades organizacionais,
observado o disposto neste Regulamento.
Seção III
Da Diretoria Colegiada
Art. 5o A
ANS será dirigida por uma Diretoria Colegiada, composta por cinco Diretores,
sendo um dos quais o seu Diretor-Presidente.
§ 1o Os
Diretores serão brasileiros, nomeados pelo Presidente da República, após
aprovação da indicação pelo Senado Federal, para cumprir mandatos de três anos,
não coincidentes, observado o disposto nos arts. 6o e 31
da Medida Provisória no 2.012-2, de 1999.
§ 2o Os
Diretores poderão ser reconduzidos, uma única vez, pelo prazo de três anos,
pelo Presidente da República, por indicação do Ministro de Estado da Saúde.
§ 3o Na
hipótese de vacância de cargo diretivo da Diretoria, o novo Diretor será
nomeado para cumprir período remanescente do respectivo mandato, de acordo com
os procedimentos previstos no § 1o deste artigo.
Art. 6o O
Diretor-Presidente da ANS será designado pelo Presidente da República, dentre
os membros da Diretoria Colegiada, e investido na função por três anos, ou pelo
prazo que restar de seu mandato, admitida uma única recondução por três anos.
Art. 7o Após
os primeiros quatro meses de exercício, os dirigentes da ANS somente perderão o
mandato, em virtude de:
I - condenação
penal transitada em julgado;
II - condenação
em processo administrativo, a ser instaurado pelo Ministro de Estado da Saúde,
garantidos os direitos de contraditório e de ampla defesa;
III - acumulação
ilegal de cargos, empregos ou funções públicas; e
IV - descumprimento
injustificado de objetivos e metas acordados no contrato de gestão de que trata
o capítulo III deste Regulamento.
§ 1o Instaurado
processo administrativo para apuração de irregularidades, poderá o Presidente
da República, por solicitação do Ministro de Estado da Saúde, no interesse da
administração, determinar o afastamento provisório do dirigente, até a
conclusão.
§ 2o O
afastamento de que trata o parágrafo anterior não implica prorrogação ou
permanência no cargo além da data inicialmente prevista para o término do
mandato.
Art. 8o Até
doze meses após deixar o cargo, é vedado a ex-dirigente da ANS:
I - representar
qualquer pessoa ou interesse perante a ANS, excetuando-se os interesses
próprios relacionados a contrato particular de assistência à saúde suplementar,
na condição de contratante ou consumidor; e
II - deter
participação, exercer cargo ou função em organização sujeita à regulação da
ANS.
Art. 9o Compete
à Diretoria Colegiada, a responsabilidade de analisar, discutir e decidir, em
última instância administrativa, sobre matérias de competência da autarquia,
bem como:
I - exercer a
administração da ANS;
II - desenvolver
o planejamento estratégico e operacional da ANS;
III - editar
normas sobre matérias de competência da ANS;
IV - aprovar o
regimento interno e definir a área de atuação, a organização, a competência e a
estrutura de cada Diretoria, da Procuradoria, da Corregedoria, da Ouvidoria e
demais unidades organizacionais, bem como as atribuições de seus dirigentes;
V - cumprir e
fazer cumprir as normas relativas à saúde suplementar;
VI - elaborar
e divulgar relatórios periódicos sobre suas atividades;
VII - julgar,
em grau de recurso, as decisões dos Diretores, mediante provocação dos
interessados;
VIII - elaborar
e propor ao CONSU e ao Ministro de Estado da Saúde as políticas, diretrizes
gerais e normas, quando for o caso, do setor de saúde suplementar destinadas a
permitir à ANS o cumprimento de seus objetivos;
IX - por
delegação, autorizar o afastamento de funcionários do País para desempenho de
atividades técnicas e de desenvolvimento profissional;
X - aprovar a
cessão, requisição, promoção e afastamento de servidores para participação em
eventos de capacitação lato sensu e stricto sensu,
na forma da legislação em vigor;
XI - delegar
aos Diretores atribuições específicas relativas aos atos de gestão da ANS; e
XII - encaminhar
os demonstrativos contábeis da ANS aos órgãos competentes.
§ 1o A
Diretoria reunir-se-á com a presença de pelo menos, três Diretores, dentre eles
o Diretor-Presidente ou seu substituto legal.
§ 2o Dos
atos praticados pelos Diretores da ANS caberá recurso à Diretoria Colegiada.
§ 3o O
recurso de que se refere o parágrafo anterior terá efeito suspensivo, salvo
quando a matéria que lhe constituir o objeto envolver risco à saúde dos
consumidores.
§ 4o Os
atos decisórios da Diretoria Colegiada serão publicados no Diário Oficial.
Art. 10. São
atribuições comuns aos Diretores:
I - cumprir e
fazer cumprir as disposições regulamentares no âmbito das atribuições da ANS;
II - zelar
pelo desenvolvimento e credibilidade interna e externa da ANS e pela
legitimidade de suas ações;
III - zelar
pelo cumprimento dos planos e programas da ANS;
IV - praticar
e expedir os atos de gestão administrativa no âmbito de suas atribuições;
V - cumprir e
fazer cumprir as decisões tomadas pela Diretoria Colegiada;
VI - contribuir
com subsídios para propostas de ajustes e modificações na legislação,
necessários à modernização do ambiente institucional de atuação da ANS; e
VII - coordenar
as atividades das unidades organizacionais sob sua responsabilidade.
Art. 11. Ao
Diretor-Presidente incumbe:
I - representar
legalmente a ANS;
II - presidir
as reuniões da Diretoria Colegiada;
III - cumprir
e fazer cumprir as decisões da Diretoria Colegiada;
IV - decidir
nas questões de urgência ad referendum da Diretoria Colegiada;
V - decidir,
em caso de empate, nas deliberações da Diretoria Colegiada;
VI - praticar
os atos de gestão de recursos humanos, aprovar edital e homologar resultados de
concursos públicos e processos seletivos, nomear ou exonerar servidores e
empregados públicos, provendo os cargos em comissão, comissionados e efetivos e
contratar pessoal temporário e exercer o poder disciplinar, nos termos da
legislação em vigor;
VII - assinar
contratos, convênios, acordos, ajustes e outros instrumentos legais necessários
ao alcance dos objetivos da ANS;
VIII - ordenar
despesas e praticar atos de gestão de recursos orçamentários e financeiros e de
administração;
IX - encaminhar
ao Ministério da Saúde e ao CONSU os relatórios periódicos elaborados pela
Diretoria Colegiada;
X - supervisionar
o funcionamento geral da ANS;
XI - secretariar
o Conselho de Saúde Suplementar e presidir a Câmara de Saúde Suplementar; e
XII - delegar
competências previstas nos incisos VI a VIII.
§ 1o O
Ministro de Estado da Saúde indicará um Diretor para substituir o
Diretor-Presidente em seus impedimentos.
§ 2o A
indicação para provimento do cargo de Procurador-Geral da ANS deverá ser
submetida ao Advogado-Geral da União, nos termos do Decreto no 2.947,
de 26 de janeiro de 1999.
Seção IV
Da Diretoria
Art. 12. A
Diretoria Colegiada é composta pelas seguintes Diretorias, cujas competências
serão estabelecidas no regimento interno;
I - de Normas
e Habilitação das Operadoras;
II - de Normas
e Habilitação dos Produtos;
III - de
Fiscalização;
IV - de
Desenvolvimento Setorial; e
V - de Gestão.
Seção V
Da Câmara de Saúde Suplementar
Art. 13. A
ANS contará com um órgão de participação institucionalizada da sociedade
denominado Câmara de Saúde Suplementar, de caráter permanente e consultivo.
Art. 14. A
Câmara de Saúde Suplementar será integrada:
I - pelo
Diretor-Presidente da ANS, ou seu substituto, na qualidade de Presidente;
II - por um
diretor da ANS, na qualidade de Secretário;
III - por um
representante de cada Ministério a seguir indicado:
a) da Fazenda;
b) da Previdência e
Assistência Social;
c) do Trabalho e
Emprego;
d) da Justiça;
IV - por um
representante de cada órgão e entidade a seguir indicados:
a) Conselho
Nacional de Saúde;
b) Conselho
Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde;
c) Conselho
Nacional dos Secretários Municipais de Saúde;
d) Conselho Federal
de Medicina;
e) Conselho Federal
de Odontologia;
f) Federação
Brasileira de Hospitais;
g) Confederação
Nacional de Saúde, Hospitais, Estabelecimentos e Serviços;
h) Confederação das
Misericórdias do Brasil;
i) Confederação
Nacional da Indústria;
j) Confederação
Nacional do Comércio;
l) Central Única
dos Trabalhadores;
m) Força Sindical;
V - por um
representante das entidades a seguir indicadas:
a) de defesa do
consumidor;
b) de associações
de consumidores de planos privados de assistência à saúde;
c) do segmento de
auto-gestão de assistência à saúde;
d) das empresas de
medicina de grupo;
e) das cooperativas
de serviços médicos que atuem na saúde suplementar;
f) das empresas de
odontologia de grupo;
g) das cooperativas
de serviços odontológicos que atuem na área de saúde suplementar;
h) das entidades de
portadores de deficiência e de patologias especiais.
§ 1o Os
membros da Câmara de Saúde Suplementar serão indicados pelas entidades e
designados pelo Diretor-Presidente da ANS.
§ 2o As
entidades de que trata as alíneas do inciso V escolherão entre si dentro de
cada categoria o seu representante na Câmara de Saúde Suplementar.
§ 3o A
não-indicação do representante por parte dos órgãos e entidades ensejará a
nomeação, de ofício, pelo Diretor-Presidente da ANS.
Seção VI
Da Procuradoria
Art. 15. A
Procuradoria da ANS vincula-se à Advocacia-Geral da União, para fins de
orientação normativa e supervisão técnica.
Art. 16. Compete
à Procuradoria:
I - representar
judicialmente a ANS, com prerrogativas processuais de Fazenda Pública e com
poderes para receber citação, intimação e notificações judiciais;
II - apurar a
liquidez e certeza dos créditos, de qualquer natureza, inerentes a suas
atividades, inscrevendo-os em dívida ativa, para fins de cobrança extrajudicial
ou judicial;
III - executar
as atividades de consultoria e assessoramento jurídico;
IV - emitir
pareceres jurídicos;
V - assistir
às autoridades da ANS no controle interno da legalidade administrativa dos atos
a serem praticados, inclusive examinando previamente os textos de atos
normativos, os editais de licitação, contratos e outros atos dela decorrentes,
bem assim os atos de dispensa e inexigibilidade de licitação;
VI - no âmbito
da sua competência, receber queixas ou denúncias que lhe forem destinadas e
orientar os procedimentos necessários, inclusive o seu encaminhamento às
autoridades competentes para providências, nos casos em que couber; e
VII - executar
os trabalhos de contencioso administrativo em decorrência da aplicação da
legislação.
Art. 17. São
atribuições do Procurador-Geral:
I - coordenar
as atividades de assessoramento jurídico da ANS;
II - aprovar
os pareceres jurídicos dos procuradores da Autarquia;
III - representar
ao Ministério Público para início de ação pública de interesse da ANS; e
IV - desistir,
transigir, firmar compromisso e confessar nas ações de interesse da ANS,
mediante autorização nos termos da Lei no 9.469, de 10
de julho de 1997.
Seção VII
Da Ouvidoria
Art. 18. A
Ouvidoria atuará com independência, não tendo vinculação hierárquica com a
Diretoria Colegiada, o Câmara de Saúde Suplementar, ou quaisquer de seus
integrantes, bem assim com a Corregedoria e a Procuradoria.
§ 1o O
Ouvidor terá mandato de dois anos, admitida uma recondução, e será indicado
pelo Ministro de Estado da Saúde e nomeado pelo Presidente da República.
§ 2o É
vedado ao Ouvidor ter interesse, direto ou indireto, em quaisquer empresas ou
pessoas sujeitas à área de atuação da ANS.
Art. 19. À
Ouvidoria compete:
I - formular e
encaminhar as denúncias e queixas aos órgãos competentes, em especial à
Diretoria Colegiada, à Procuradoria e à Corregedoria da ANS, e ao Ministério
Público; e
II - dar
ciência das infringências de normas de assistência suplementar à saúde ao
Diretor-Presidente da ANS.
Art. 20. Ao
Ouvidor incumbe:
I - ouvir as
reclamações de qualquer cidadão, relativas a infringências de normas da
assistência suplementar à saúde;
II - receber
denúncias de quaisquer violações de direitos individuais ou coletivos de ato
legais relacionados à assistência suplementar à saúde, bem como qualquer ato de
improbidade administrativa, praticados por agentes ou servidores públicos de
qualquer natureza, vinculados direta ou indiretamente às atividades da ANS;
III - promover
as ações necessárias à apuração da veracidade das reclamações e denúncia e,
sendo o caso, tomar as providências necessárias ao saneamento das
irregularidades e ilegalidades constatadas; e
IV - produzir,
semestralmente, ou quando oportuno, apreciações críticas sobre a atuação da
ANS, encaminhando-as à Diretoria Colegiada, ao CONSU e ao Ministério da Saúde.
Parágrafo único. A
Ouvidoria manterá o sigilo da fonte e a proteção do denunciante quando for o
caso.
Art. 21. O
Diretor-Presidente da ANS providenciará os meios adequados ao exercício das
atividades da Ouvidoria.
Seção VIII
Da Corregedoria
Art. 22. À
Corregedoria compete:
I - fiscalizar
a legalidade das atividades funcionais dos servidores, dos órgãos e das
unidades da ANS;
II - apreciar
as representações sobre a atuação dos servidores e emitir parecer sobre o
desempenho dos mesmos e opinar fundamentadamente quanto a sua confirmação no
cargo ou sua exoneração;
III - realizar
correição nos órgãos e unidades, sugerindo as medidas necessárias à
racionalização e eficiência dos serviços; e
IV - instaurar
de ofício ou por determinação superior, sindicâncias e processo administrativos
disciplinares, submetendo-os à decisão do Diretor-Presidente da ANS.
Parágrafo único. O
Corregedor será nomeado pelo Ministro de Estado da Saúde por indicação da
Diretoria Colegiada da ANS.
CAPÍTULO III
DO CONTRATO DE GESTÃO
Art. 23. A
administração da ANS será regida por um contrato de gestão, negociado entre seu
Diretor-Presidente e o Ministro de Estado da Saúde e aprovado pelo Conselho de
Saúde Suplementar, no prazo máximo de cento e vinte dias seguintes à designação
do Diretor-Presidente da ANS.
Parágrafo único. O
contrato de gestão estabelecerá os parâmetros para a administração interna da
ANS, bem como os indicadores que permitam avaliar, objetivamente, a atuação
administrativa e o seu desempenho.
Art. 24. O
descumprimento injustificado do contrato de gestão implicará na dispensa do
Diretor-Presidente, pelo Presidente da República, mediante solicitação do
Ministro de Estado da Saúde.
CAPÍTULO IV
DO PATRIMÔNIO, DAS RECEITAS E DA GESTÃO FINANCEIRA
Art. 25. Constituem
o patrimônio da ANS os bens e direitos de sua propriedade, os que lhe forem
conferidos ou os que venha a adquirir ou incorporar.
Art. 26. Constituem
receitas da ANS:
I - o produto
resultante da arrecadação da Taxa de Saúde Suplementar de que trata o art. 18
da Medida Provisória no 2.012-2, de 1999;
II - a
retribuição por serviços de qualquer natureza prestados a terceiros;
III - o
produto da arrecadação das multas resultantes das ações fiscalizadoras;
IV - o produto
da execução da sua dívida ativa;
V - as
dotações consignadas no Orçamento Geral da União, créditos especiais, créditos
adicionais, transferências e repasses que lhe forem conferidos;
VI - os
recursos provenientes de convênios, acordos ou contratos celebrados com
entidades ou organismos nacionais e internacionais;
VII - as
doações, legados, subvenções e outros recursos que lhe forem destinados;
VIII - os valores
apurados na venda ou aluguel de bens móveis e imóveis de sua propriedade;
IX - o produto
da venda de publicações, material técnico, dados e informações;
X - os valores
apurados em aplicações no mercado financeiro das receitas previstas neste
artigo, na forma definida pelo poder executivo; e
XI - quaisquer
outras receitas não especificadas nos incisos anteriores.
§ 1o Os
recursos previstos nos incisos I a IV e VI a XI deste artigo serão recolhidos
diretamente à ANS, em conta própria e vinculada.
§ 2o A
Diretoria Colegiada estipulará a forma para recolhimento da Taxa de Saúde
Suplementar.
Art. 27. Os
valores cuja cobrança seja atribuída por lei à ANS e apurados
administrativamente, não recolhidos no prazo estipulado, serão inscritos em
dívida ativa própria da ANS e servirão de título executivo para cobrança
judicial na forma da legislação em vigor.
Art. 28. A
execução fiscal da dívida ativa será promovida pela Procuradoria da ANS.
CAPÍTULO V
DA ATIVIDADE E DO CONTROLE
Art. 29. A
atividade da ANS será juridicamente condicionada pelos princípios da
legalidade, finalidade, razoabilidade, moralidade, impessoalidade,
imparcialidade, publicidade, celeridade e economia processual.
Art. 30. A
ANS dará tratamento confidencial às informações técnicas, operacionais,
econômico-financeiras e contábeis que solicitar às pessoas jurídicas que
produzam ou comercializem produtos ou prestem serviços compreendidos nas
atividades relativas à assistência suplementar à saúde, desde que sua
divulgação não seja diretamente necessária para impedir a discriminação do
consumidor, prestador de serviço e a livre concorrência e a competição no
setor.
Art. 31. As
sessões deliberativas, que se destinem a resolver pendências entre agentes
econômicos e entre estes e consumidores compreendidos na área de atuação da ANS
serão públicas.
Parágrafo único. A
ANS definirá os procedimentos para assegurar aos interessados o contraditório e
a ampla defesa.
Art. 32. O
processo de edição de normas, decisório e os procedimentos de registros de
operadoras e produtos poderão ser precedidos de audiência pública, a critério
da Diretoria Colegiada, conforme as características e a relevância dos mesmos,
sendo obrigatória, no caso de elaboração de anteprojeto de lei no âmbito da
ANS.
Art. 33. A
audiência pública será realizada com os objetivos de:
I - recolher
subsídios e informações para o processo decisório da ANS;
II - propiciar
aos agentes e consumidores a possibilidade de encaminhamento de seus pleitos,
opiniões e sugestões;
III - identificar,
da forma mais ampla possível, todos os aspectos relevantes à matéria objeto de
audiência pública; e
IV - dar
publicidade à ação da ANS.
Parágrafo único. No
caso de anteprojeto de lei, a audiência pública ocorrerá após a prévia consulta
à Casa Civil da Presidência da República.
Art. 34. Os
atos normativos de competência da ANS serão editados pela Diretoria Colegiada,
só produzindo efeitos após publicação no Diário Oficial.
Parágrafo único. Os
atos de alcance particular só produzirão efeitos após a correspondente notificação.
Art. 35. As
minutas de atos normativos poderão ser submetidas à consulta pública,
formalizada por publicação no Diário Oficial, devendo as críticas e sugestões
merecer exame e permanecer à disposição do público, nos termos do regimento interno.
CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 36. A
Agência Nacional de Saúde Suplementar será constituída, entrará em efetivo
funcionamento, e ficará investida no exercício de suas atribuições, com a
publicação de Resolução de Regimento Interno pela Diretoria Colegiada.
Parágrafo único. Até
a edição da Resolução de que trata o caput deste artigo, o
Ministério da Saúde praticará os atos de competência da ANS.
Art. 37. Ficam
mantidos, até a sua revisão, os atos normativos e operacionais em vigor para o
exercício das atividades de assistência suplementar à saúde quando da
implementação da ANS.
Art. 38. Fica
o Ministério da Saúde autorizado a transferir, remanejar, sub-rogar ou
utilizar, conforme o caso:
I - o acervo
técnico e patrimonial, as obrigações, os direitos e as receitas necessários ao
desempenho das funções da Agência;
II - os saldos
orçamentários do Ministério da Saúde e do Fundo Nacional de Saúde para atender
as despesas de estruturação e manutenção da Agência, utilizando como recursos
as dotações orçamentárias destinadas às atividades finalísticas e
administrativas, observados os mesmos subprojetos, subatividades e grupos de
despesas previstos na Lei Orçamentária em vigor; e
III - os
contratos ou parcelas destes relativos à manutenção, instalação e funcionamento
da Agência.
Art. 39. O
Ministério da Saúde e a Fundação Nacional de Saúde prestarão o apoio necessário
à implementação e manutenção das atividades da ANS, até a sua completa
organização.
Art. 40. A
ANS executará suas atividades diretamente, por seus servidores próprios
requisitados ou contratados temporariamente, ou indiretamente por intermédio de
convênio ou contrato com pessoa jurídica.
Parágrafo único. O
Departamento de Saúde Suplementar da Secretaria de Assistência à Saúde, durante
o período de transição a ser determinado pela Diretoria Colegiada, executará
suas atividades de acordo com as orientações da ANS.
Art. 41. Os
integrantes do quadro de pessoal da ANS, bem como os seus contratados, os
servidores e empregados a ela cedidos, e, ainda, os do Ministério da Saúde,
especialmente designados, poderão, durante o prazo máximo de cinco anos,
contado da data de instalação da ANS, atuar na fiscalização de operadora e
produtos de assistência suplementar à saúde, conforme definido em ato
específico da Diretoria Colegiada.
Parágrafo único. A
designação de que trata o caput deste artigo será específica,
pelo prazo máximo de um ano, podendo ser renovada.
Art. 42. A
ANS poderá contratar especialistas para a execução de trabalhos nas áreas
técnica, científica, econômica, administrativa e jurídica, por projetos ou
prazos limitados, com dispensa de licitação nos casos previstos na legislação
aplicável.
Art. 43. Fica
a ANS autorizada a efetuar a contratação temporária, por prazo não excedente a
trinta e seis meses, nos termos da Medida Provisória no2.012-2,
de 1999.
§ 1o O
quantitativo máximo das contratações temporárias, prevista no caput deste
artigo será de duzentos e setenta servidores, podendo ser ampliado em ato
conjunto dos Ministros de Estado da Saúde e do Planejamento, Orçamento e
Gestão.
§ 2o A
remuneração do pessoal contratado temporariamente não poderá ser superior ao
valor da remuneração fixada para o final de carreira do respectivo nível,
superior ou médio, dos empregos públicos específicos dos órgãos reguladores.
§ 3o Enquanto
não forem criados os empregos públicos específicos para os órgãos reguladores,
de que trata o parágrafo anterior, a remuneração do pessoal contratado
temporariamente terá como referência valores, definidos em ato conjunto da ANS
com o órgão central do Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal -
SIPEC.
Art. 44. A
contratação de obras e serviços de engenharia civil pela ANS sujeita-se aos
procedimentos das licitações, previstos em lei geral para a Administração
Pública.
Parágrafo único. Para
os casos não previstos no caput deste artigo, a ANS aplicará
os procedimentos estabelecidos em regulamento próprio, nas modalidades de
consulta e pregão, conforme previsto no art. 34 da Medida Provisória no 2.012-2,
de 1999.
Art. 45. A
regulamentação dos procedimentos relativos à consulta e ao pregão de que trata
o artigo anterior observará, especialmente que:
I - a
finalidade do procedimento seja a obtenção de um contrato econômico,
satisfatório e seguro para a ANS, por meio de disputa justa entre os
interessados;
II - o
instrumento convocatório identifique o objeto do certame, circunscrevendo o
universo de proponentes, estabelecendo critérios para a aceitação e julgamento
das propostas, regulando os procedimentos, indicando as sanções aplicáveis e
fixando as cláusulas do contrato;
III - o objeto
seja determinado de forma precisa, suficiente e clara, sem especificações que,
por excessivas, irrelevantes ou desnecessárias, limitem a competição;
IV - a qualificação
exigida indistintamente dos proponentes seja compatível e proporcional ao
objeto, visando à garantia do cumprimento das futuras obrigações;
V - como
condição de aceitação da proposta, o interessado declare estar em situação
regular perante as Fazendas Públicas e a Seguridade Social, fornecendo seus
códigos de inscrição, sendo exigida a comprovação, como condição indispensável
à assinatura do contrato;
VI - o
julgamento observe os princípios de vinculação ao instrumento convocatório,
comparação objetiva e justo preço, sendo o empate resolvido por sorteio;
VII - as
regras procedimentais assegurem adequada divulgação do instrumento
convocatório, prazos razoáveis para o preparo das propostas e os direitos ao
contraditório e ao recurso, bem como a transparência e fiscalização;
VIII - a
habilitação e o julgamento das propostas possam ser decididos em uma única
fase, podendo a habilitação, no caso de pregão, ser verificada apenas em
relação ao licitante vencedor;
IX - quando o
vencedor não celebrar o contrato, sejam chamados os demais participantes, na
ordem de classificação; e
X - somente
sejam aceitos certificados de registro cadastral expedidos pela ANS, que terão
validade por dois anos, devendo o cadastro estar sempre aberto à inscrição dos
interessados.
Art. 46. A
disputa pelo fornecimento de bens e serviços comuns, poderá ser realizada em
licitação na modalidade pregão, restrita aos previamente cadastrados, que serão
chamados a formular lances em sessão pública.
Parágrafo único. Encerrada
a etapa competitiva, a comissão de licitação examinará a melhor oferta, quanto
ao objeto, forma e valor.
Art. 47. Nas
seguintes hipóteses, o pregão será aberto a quaisquer interessados,
independentemente de cadastramento, verificando-se a um só tempo, após a etapa
competitiva, a qualificação subjetiva e a aceitabilidade da proposta:
I - para a
contratação de bens e serviços comuns de alto valor, na forma que dispuser o
regulamento próprio aprovado pela Diretoria Colegiada;
II - quanto o
número de cadastrados na classe for inferior a cinco;
III - para o
registro de preços, que terá validade por até dois anos; e
IV - quando a
instância de deliberação superior da ANS assim o decidir.
Art. 48. A
licitação na modalidade consulta tem por objeto o fornecimento de bens e serviços
não compreendidos nos artigos 46 e 47 deste Regulamento.
Parágrafo único. A
decisão ponderará o custo e o benefício de cada proposta, considerando a
qualificação do proponente.
Art. 49. Aplica-se
à ANS o disposto no parágrafo único do art. 24 da Lei no 8.666,
de 21 de junho de 1993, com as alterações da Lei no 9.648,
de 27 de maio de 1998.
Art. 50. Fica
a ANS autorizada a custear as despesas com locomoção e estadia para os
profissionais que, em virtude de nomeação para Cargos em Comissão de Natureza Especial
e do Grupo Direção e Assessoramento Superiores, de nível 5 e 4, e os
comissionados de saúde suplementar, de nível V e IV, vierem a ter exercício em
cidade diferente da de seu domicílio, a partir de sua posse, conforme disposto
em regulamento próprio da ANS.
Parágrafo único. Nos
casos em que o empregado ou servidor da ANS ou por ela requisitado esteja
enquadrado nos cargos previstos no caput deste artigo e
ocupando imóvel funcional administrado pelo Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão, nos termos da Lei no 8.025, de 12 de
abril de 1990, poderá optar pela permanência no referido imóvel.
Art. 51. A
ANS promoverá, na forma da legislação federal específica, a defesa judicial de
seus agentes, em função de atos praticados no exercício de suas competências.
Art. 52. A
Advocacia-Geral da União e o Ministério da Saúde, por intermédio de sua
Consultoria Jurídica mediante comissão conjunta, promoverão, no prazo de cento
e oitenta dias, levantamento das ações judiciais em curso, envolvendo matéria cuja
competência tenha sido transferida à ANS, a qual sucederá a União nesses
processos.
§ 1o As
transferências dos processos judiciais serão realizadas por petição da
Procuradoria-Geral da União, perante o Juízo ou Tribunal onde se encontrar o
processo, requerendo intimação da Procuradoria da ANS para assumir o feito.
§ 2o Enquanto
não operada a substituição na forma do parágrafo anterior, a Procuradoria-Geral
da União permanecerá no feito, praticando todos os atos processuais
necessários.
ANEXO II
Vide Hiperlink (Clicar no título)
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