Percentual
era de 4,4% em 2006 e continua crescendo, mas internações diminuiram
Da
Agência Brasil
Dados
divulgados hoje (9) pelo Ministério da Saúde indicam que 5,6% dos brasileiros
são diabéticos. De acordo com a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e
Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2011), o
percentual da doença subiu principalmente entre os homens, passando de 4,4% em
2006 para 5,2% no ano passado.
O levantamento foi feito em 26 capitais e no Distrito Federal e mostra que o
diabetes é mais comum em pessoas que estudam menos – 3,7% dos brasileiros que
têm mais de 12 anos de estudo declaram ser diabéticos, enquanto 7,5% dos que
têm até oito anos de escolaridade dizem ter a doença.
O
diagnóstico da doença também aumenta conforme a idade da população, já que o
diabetes chega a atingir 21,6% dos idosos (maiores de 65 anos) e apenas 0,6%
das pessoas na faixa etária de 18 a 24 anos.
A cidade de Fortaleza (CE) aparece como a capital com o maior percentual de
diabéticos, com 7,3%, seguida por Vitória (ES), com 7,1%, e Porto Alegre (RS),
com 6,3%. As capitais com os menores índices são Palmas (TO), com 2,7%, Goiânia
(GO), com 4,1%, e Manaus (AM), com 4,2%.
A diretora do Departamento de Análise de Situação de Saúde, Déborah Malta,
lembrou que o diabetes está fortemente associado ao excesso de peso. Dados do
Vigitel mostram que, no período de 2006 a 2011, houve um crescimento de 28% na
prevalência da obesidade no Brasil. Apenas entre os homens, o percentual de
excesso de peso passou de 47,2% para 52,6%.
A pesquisa aponta ainda que 22,7% da população adulta brasileira são hipertensos.
O diagnóstico é mais comum entre mulheres (25,4%) do que entre homens (19,5%) e
também preocupa entre os idosos (59,7%).
— O Brasil é um país que envelhece e envelhece de forma muito rápida. A
população tende a viver cada vez mais, a ter maior expectativa de vida e um
risco maior de doenças crônicas.
O ministério informou que o número de internações por diabetes no Sistema Único
de Saúde (SUS) aumentou 10% entre 2008 e 2011, passando de 131.734 para
145.869. Entretanto, houve queda na comparação com 2010, quando as internações
totalizaram 148.452.
Em 2009, foram notificadas 52.104 mortes pela doença em todo o país. No ano
seguinte, os óbitos aumentaram para 54.542.
— O
grande problema das doenças crônicas é que elas agregam sofrimento, incapacidades
e custos cada vez maiores para o sistema público.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lembrou que a oferta gratuita de
medicamentos para combater o diabetes, iniciada no ano passado, ampliou em mais
de 1 milhão o número de pessoas que utilizam o remédio.
— Pela primeira vez, o Brasil começa a reverter uma tendência de internações
pelo diabetes. Os dados do Vigitel só reafirmam as decisões do ministério em
2011.